quinta-feira, 2 de agosto de 2018

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Nunca pensei amar assim...


Amar assim dói... Dói muito... 

Meu sentimento não cabe no meu peito... Meu respeito pelas Mães deste mundo é enorme... E por Maria (a Mãe de todos nós) ainda é maior.

Não há explicação para aquilo que sinto com aquele abraço antes de dormir, as caricias no meu rosto enquanto Deus ouve as nossas preces, o teu sorriso espontâneo e sincero...

Dava tudo para que aquele momento antes de ires dormir fosse eterno. Gosto de te ter no meu colo, de te mimar, de te abraçar, beijar, acariciar, tendo a perfeita noção que não te vou poder ter sempre assim... Então aproveito, muito... Queria que o tempo parasse por instantes, mas infelizmente não consigo. Ainda não chegou o momento da tua independência, está muito longe disso e eu já tenho saudades de te dar colo... Do teu cheiro, da tua respiração, da tua calma e tranquilidade.

Dói ter alguém a viver fora de mim... Um coração pequenino a bater fora de mim... Dói...

Quero proteger-te, mas isso é impossível... Quem me dera poder amparar todas as tuas quedas, mas não vou conseguir... Apenas te prometo que vou estar sempre aqui para te ajudar a erguer, e dar colo, mesmo tu já sendo independente, com asas para voar... O teu ninho estará sempre aqui...

Amo-te incondicionalmente... 

segunda-feira, 28 de maio de 2018

18 anos... Aquela passagem...


O meu querido afilhado faz hoje 18 anos. 

Lembro-me perfeitamente do dia em que te vi pela primeira vez. Um misto de alegria, com medo, responsabilidade e preocupação. Eras tão pequenino e cheio de cabelo (bem preto por sinal), tive medo de te pegar ao colo (não vá sair alguma coisa fora do sítio), era adolescente, mas sabia bem a responsabilidade que tinha em mãos de te acompanhar bem de perto dali em diante. Fiquei muito contente da confiança que os teus pais depositaram em mim.

É incrível perceber como passas-te de um menino a um rapagão de barba rija num instante. O que prevalece da tua pessoa é sempre essa tua doçura e meiguice para com todos nós, menino de abraço fácil, preocupado e muito carinhoso. Aquela estrelinha gostava e gosta bem de ti! Jamais vou esquecer a vossa cumplicidade! És o meu Gui...

Com tudo isto, é inevitável não me lembrar dos meus 18 anos, foi uma festança. Sim, porque esta idade considero ser um marco na nossa vida, aquela em que deixámos a adolescência para trás e a responsabilidade já pesa nos ombros. Meu pai sempre me disse que desta idade para a frente seria sempre a correr, e é bem verdade. Ele tinha razão.

Por isso, meu Gui, festeja este teu dia, como se estivesses a relembrar 18 anos maravilhosos da tua vida. Nunca mais se vão repetir e sim, daqui para a frente é sempre andar.

Constrói sempre a tua vida, os teus projectos e sonhos em rocha bem firme, porque a vida passa a correr e não volta mais, tal como o rio que só anda num sentido. Quero e desejo de coração que sejas muito feliz, e que eu esteja sempre cá para ver-te triunfar! Como gosto de ti, meu menino de olho azul... Ah! Parabéns! :)

sexta-feira, 25 de maio de 2018

A Transformação...


A borboleta, antes de ser borboleta foi lagarto.

Quantas vezes procuro impacientemente por uma transformação na minha vida. Procuro fora, aquilo que tenho cá dentro de mim, no meu coração. Como em tudo na vida queremos que aconteça tudo rápido, tudo para ontem, principalmente coisas que nos preocupam, chateiam, magoam... Queremos que tudo passe o mais rápido possível... É aí que penso na borboleta...

Um lagarto, mole, pequeno e feio, à procura de um local para poder formar o seu casulo. Lá anda ele, lento, devagar, devagarinho. Aquilo que queremos rápido na nossa vida também é assim não é? Mas, o lagarto, lá vai ele, sem pressa, há-de chegar ao sitio certo, mesmo sabendo muitas vezes que anda sem destino... 

Quando encontra um lugar seguro, vai formando o seu casulo, mais uma vez, muito devagar, devagarinho, até que na vida dele começa a ficar tudo escuro, ele fecha-se no seu casulo durante uns tempos. Assim acontece comigo... Às vezes vejo tudo escuro, não consigo vislumbrar uma ponta de luz que seja, está chuva lá fora e cá dentro também, também não me apetece sair do casulo...

Até que chega aquele dia, em que aparece alguém, ou alguma coisa que nos começa a mostrar fechos de luz... Começa a transformação... De dentro para fora. Sim, a verdadeira transformação começa de dentro para fora... Assim, começa a borboleta a rasgar o casulo, aos poucos e poucos começa a ver a luz do dia, um sol brilhante e um céu azul. Nasce uma linda borboleta. E começa a voar bem alto, livre, leve e solta...

Assim é a minha vida, quando liberta de tudo aquilo que me prende ao casulo. Conhecem pessoas que não precisam de adereços porque pura e simplesmente brilham, mas não conseguimos perceber muito bem porquê?! Pois eu percebo... As maravilhas de Deus estão sempre no nosso coração, de dentro para fora... E quando eu sou borboleta, é sinal que saí do casulo. :)

sábado, 12 de maio de 2018

Pensei que não voltasse mais aqui...

Fui mãe... À cerca de 8 meses e meio que fui mãe... Diziam-me que era a melhor coisa do mundo, e de facto é verdade... Mas, ocultaram muita coisa... Descobri de verdade o que é AMAR INCONDICIONALMENTE... Viver fora de mim é complicado, dói... Este Amor é tão grande que chega a doer... As mães merecem uma estátua e não deviam morrer nunca.

Tantas e tantas vezes tive vontade de escrever, de voltar aqui... As palavras surgiam na mente, eu queria passá-las para o papel, mas não havia tempo... A minha prioridade foi e continua a ser apenas uma... O meu querido filho, Francisco. Pensei que nunca mais ia conseguir escrever, que até já nem sabia como era...

Estes meses foram muito bons, mas também difíceis, tive de lidar com sentimentos muito contraditórios, como a alegria de ter um filho nos braços e a dor de ter perdido dois entes tão queridos ao mesmo tempo, num só dia... :( Para não falar nas alterações hormonais, noites mal dormidas, avanço de refeições, higiene pessoal deixada de parte porque o cansaço vencia sempre.

Pensei que não iria aguentar, pensei que não conseguia ultrapassar. E de facto, acho que apenas apaziguei uma dor e aprendi a viver com ela, nunca a ultrapassei.

Desde que o Francisco nasceu que dou cada vez mais valor aos pais que tenho, não quer dizer que já não o fizesse, mas agora ainda mais... Penso muitas vezes: "Meus pais tiveram este trabalho todo comigo?" Só dá-mos o verdadeiro valor, quando passamos pelas coisas também.

Ser mãe não é fácil, é um trabalho que não tem descanso, não se tira férias, 24 sobre 24 horas sempre disponível, sem nada pedir em troca. Lágrimas escondidas, desespero, angústia, amor, alegria, gratidão, fé, etc. São tantas as sensações e sentimentos contraditórios que surgem. Numa só pessoa, tens de ser enfermeira, artista de circo, contadora de histórias, porto de abrigo, cozinheira, taxista, ombro amigo, professora, psicóloga, tens de ter o instinto de Leoa, garras de águia, mão de ferro com luva de veludo.

Transformei-me, em muitos momentos deixei de me conhecer. Muitas coisas deixaram de fazer sentido, deixei de perder tempo com o que não era necessário, com coisas fúteis... O que realmente interessa são as pessoas, o amor, a tua entrega, a tua gratidão, o quanto dás de ti ao outro... 

A vida ganhou outro sentido, outro sabor... Com mais medo e mais responsabilidade... É a melhor coisa do mundo, mas ocultaram e ocultam muita coisa... Afinal de contas é bem verdade: Não há Amor sem sofrimento.

Amo-te Francisco

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

terça-feira, 22 de agosto de 2017

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

terça-feira, 15 de agosto de 2017

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Saudades...


Tenho saudades de ti, não sei muito bem porquê, mas fazes-me falta. Não estou habituada a esta solidão ao fim do dia. A casa está cheia de ti, quanto mais não seja para ver-te a correr de um lado para o outro, num entre e sai frenético e atarefado.

Já te disse que devias diminuir o teu ritmo, deverias abrandar! A máquina não tem sempre a mesma potência!

Imagino-te num sitio onde já estivemos os dois. Engraçado, estávamos, mas ao mesmo tempo não estávamos. Era só a nossa presença física eu sei... Mas só o facto de estarmos no mesmo local, tudo fica mais fácil, tudo psicológico eu sei. Recordo, que até nessa altura tinha saudades de ti, mas de uma forma diferente. Queria que estivéssemos os dois a usufruir das noites quentes de Verão, a caminhar e a conversar de tudo e de nada em vez de estarmos enfiados a trabalhar a seco durante 12 dias seguidos, nunca fez sentido para mim, nem nunca fará, mas isso são outras questões.

Agora tu estás lá, eu estou aqui a escrever este texto. Estamos a poucos quilómetros, mas parecem-me tantos. Sinto saudades, mas desta vez é de tudo, da tua presença física, das conversas, das saídas, de tudo... Bem, só espero que tudo passe rápido, que estejas bem e que desfrutes daquilo que tanto gostas de fazer, eu cá me aguento. :)

Afinal de contas ambos estamos a trabalhar, mas com finalidades diferentes. :)

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Só daremos o verdadeiro valor quando deixamos de possuir...


Acontece comigo, acontece certamente contigo. Tantas vezes dou como certo e adquirido algo que sempre tive. Mas as coisas não funcionam assim, a vida não funciona assim. Nunca estamos bem com aquilo que temos. Mas quando deixo de ter... Tenho saudades...

A vida é mesmo assim, ás vezes prega-nos pequenas partidas para sabermos dar o valor, para abrirmos os olhos. Nem tudo é certo, nem tudo é um dado adquirido.

Tenho descoberto com cada vez mais convicção de que a minha felicidade não depende dos outros, não depende de nada nem de ninguém, feliz é aquele que consegue conviver todos os dias consigo próprio, no seu intimo, no seu silêncio, na sua solidão... Solidão que não implica ser uma coisa má...

Há pessoas que tenho grande estima, carinho, amor, afinidade, amizade... Tenho-me questionado: "E se elas deixassem de existir? Continuaria a viver feliz? Tu conseguias viver? Continuarias feliz?" 

São boas questões, eu acho... Costumo ouvir dizer: "A vida continua..." Por mais duro que seja, difícil aceitar e ouvir, a vida continua... Não posso, não devo viver de apego, o apego trás consigo necessidade de reconhecimento, de elogios, de pouca liberdade. Gosto mais de viver o presente, estar só porque sim, porque conseguimos ser livres no Amor, na Amizade, naquele momento, naquele instante... E quando tudo terminar, qualquer que seja o motivo, eu tenho de continuar a minha vida, tenho de continuar a ser feliz, a viver a minha vida.

Se eu viver constantemente há espera que o outro me faça feliz, há espera de alguém que que faça feliz, bem que vou morrer infeliz. Porque o outro nunca vai corresponder às minhas expectativas. É muito injusto exigir de alguém SER uma coisa que não é, nunca foi, nem nunca vai ser, só para satisfazer as minhas necessidades. Seja ele um namorado, marido, filho, amiga, etc.

Quando deixamos o outro ser livre, estamos nós a ser livres também, só assim seremos ambos felizes.