Acontece comigo, acontece certamente contigo. Tantas vezes dou como certo e adquirido algo que sempre tive. Mas as coisas não funcionam assim, a vida não funciona assim. Nunca estamos bem com aquilo que temos. Mas quando deixo de ter... Tenho saudades...
A vida é mesmo assim, ás vezes prega-nos pequenas partidas para sabermos dar o valor, para abrirmos os olhos. Nem tudo é certo, nem tudo é um dado adquirido.
Tenho descoberto com cada vez mais convicção de que a minha felicidade não depende dos outros, não depende de nada nem de ninguém, feliz é aquele que consegue conviver todos os dias consigo próprio, no seu intimo, no seu silêncio, na sua solidão... Solidão que não implica ser uma coisa má...
Há pessoas que tenho grande estima, carinho, amor, afinidade, amizade... Tenho-me questionado: "E se elas deixassem de existir? Continuaria a viver feliz? Tu conseguias viver? Continuarias feliz?"
São boas questões, eu acho... Costumo ouvir dizer: "A vida continua..." Por mais duro que seja, difícil aceitar e ouvir, a vida continua... Não posso, não devo viver de apego, o apego trás consigo necessidade de reconhecimento, de elogios, de pouca liberdade. Gosto mais de viver o presente, estar só porque sim, porque conseguimos ser livres no Amor, na Amizade, naquele momento, naquele instante... E quando tudo terminar, qualquer que seja o motivo, eu tenho de continuar a minha vida, tenho de continuar a ser feliz, a viver a minha vida.
Se eu viver constantemente há espera que o outro me faça feliz, há espera de alguém que que faça feliz, bem que vou morrer infeliz. Porque o outro nunca vai corresponder às minhas expectativas. É muito injusto exigir de alguém SER uma coisa que não é, nunca foi, nem nunca vai ser, só para satisfazer as minhas necessidades. Seja ele um namorado, marido, filho, amiga, etc.
Quando deixamos o outro ser livre, estamos nós a ser livres também, só assim seremos ambos felizes.
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