Dizem que hoje está muito vento, eu gosto dos dias de vento. Como é possível acreditar naquilo que não vemos, o vento. Eu não vejo o vento, mas ele tem um nome e toca-me...
Toca-me tantas vezes, sussurra
-me ao ouvido, refresca-me a pele, é uma levada de ar fresco... O Ar, outra coisa que não vemos, mas tem nome e não sentimentos, ou sentimos?
Aquele ar que te entra nos pulmões e faz o teu peito aumentar e diminuir, que poder ele tem, e eu não o vejo.
Já repararam? Duas coisas tão poderosas, o ar e o vento e nós acreditámos nelas, não as vemos, mas acreditamos, pelo toque, pelo poder do vento, pelo ar que inspirámos e expirámos.
Quando se está aberto de coração, já se percebe onde quero chegar... Feliz, daquele que acredita sem ver, feliz daquele que acredita que o poder de seu Amor é infinito e eterno.
Feliz daquele que cria o seu ser sobre raízes longas e profundas da sua árvore, podem vir ventos fortes e quebrar alguns ramos, deitar ao chão alguns frutos, mas nunca o seu ser será abalado, como diz o Padre Rui Santiago... Até na morte... Até na morte... Porque uma árvore morre sempre de pé...
Cria e desenvolve o teu ser, para que a tua árvore cresça forte e saudável, depois alarga todas as tuas raízes àqueles que te são ou não próximos, vive em vez de somente existires, convive, partilha, ama. E quando sentires o teu coração aberto, o vento e o ar terão outro encanto. ;)
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