Somos duas, o meu corpo e a minha alma, e são inúmeras as vezes em que eles se separam e esquecem um do outro.
Quando isso acontece o corpo pergunta à alma: "Quem és tu afinal?"
Há uma distanciação entre ambos e é como se o meu corpo estivesse a observar e a apreciar a minha alma que se reflecte através das atitudes com os outros e até para comigo mesma, trata-se de uma auto avaliação à distância.
É estranho, porque parece que saiu mesmo do meu corpo e que aquela que estou a "ver" não sou eu, mas uma das amigas que pertence ao meu grupo de amigos. E, não é que eu gosto dela? :)
A sensação é muito estranha, e volta tudo ao natural, quando eu penso que aquela que vejo, está camuflada, tem uma capa e apercebo-me que não é a única.
A maior parte das pessoas que me rodeiam também vestem uma capa, estão camufladas. Tudo o que está diante de nossos olhos é sempre mais fácil aceitar e digerir, o que não está visível, está por trás da capa, muitas vezes não sabemos o que é, não queremos saber, nem os outros nos querem mostrar.
A nossa carta de apresentação é sempre aquilo que nós temos de melhor para dar.
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